domingo, 17 de fevereiro de 2013

Eleição do sucessor de Bento XVI pode ser antecipada, diz porta-voz do Vaticano


O processo de eleição do  sucessor do papa Bento XVI pode ser antecipado, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. O conclave – quando os 117 cardeais se reúnem para a eleição do futuro papa – pode começar antes do período de 15 a 20 março, se todos os religiosos tiverem chegado ao Vaticano. De acordo com Lombardi, a antecipação está prevista na Constituição e na sua interpretação.

A Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, foi tomada hoje (17) por fiéis que se concentraram no local para a penúltima missa dominical do papa Bento XVI, primeira celebração dominical do pontífice após o anúncio da renúncia. Na missa, o papa, que falou em várias línguas, apelou para a renovação e reorientação da Igreja Católica Apostólica Romana. A polícia fechou à circulação a Via della Conciliazione - a maior avenida de Roma, a capital italiana – que dá acesso ao Vaticano. A estimativa é que cerca de 100 mil pessoas se concentraram na praça.

O papa apelou para a renovação da Igreja Católica Apostólica Romana e a rejeição do orgulho e do egoísmo. Bento XVI pediu aos fiéis a não instrumentalizar a fé em seu próprio benefício, "dando mais importância ao êxito e aos bens materiais". O processo de eleição do papa segue um rito que não tem prazo definido para ser concluído. A aprovação do nome do sucessor deve contar com o apoio de dois terços dos eleitores presentes. Ao ocorrer consenso, há uma fumaça branca divulgando que o nome do papa foi escolhido.

"O papa Bento XVI olha para a eleição de um sucessor que tenha, como ele disse, vigor no corpo e no ânimo e uma personalidade que possa enfrentar os desafios do nosso tempo no modo adequado, o que ele sentia mais difícil com o passar do tempo e com o diminuir das forças", ressaltou o porta-voz.

No próximo dia 28, Bento XVI renuncia. A partir desta data ele ficará, por dois meses, na residência pontifícia de Castel Gandolfo. Em seguida, ele viverá no mosteiro de clausura, no Vaticano, que está sendo reformado. Segundo o porta-voz, a decisão de viver no local é para estar perto da Basílica de São Pedro. “Por motivos de caráter logístico organizativo, de comunhão, de apoio de continuidade espiritual com o seu sucessor", disse.

Ao longo desta semana, o papa ficará em retiro espiritual. O período acaba no dia 23. Segundo o porta-voz, três meditações diárias do cardeal Gianfranco Ravasi, que serão divulgada pela Rádio Vaticano. No próximo dia 27, Bento XVI tem uma audiência geral com 35 mil pessoas. A estimativa é que esse número aumente.
 
Agência Brasil

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