quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Debate da CNBB esquenta no fim com duelo indireto entre Dilma e Aécio sobre corrupção



"Com todo o respeito, linha auxiliar do PT, uma ova, candidato Aécio! Porque o PT aprendeu com o senhor, aprendeu com o seu partido", emendou ela, que chegou a chamar o tucano de "fanático da corrupção", o que gerou o pedido de direito de resposta do candidato do PSDB.

No direito de resposta, Aécio evitou rebater diretamente as acusações da adversária do PSOL, que classificou como "irrelevantes", "irresponsáveis" e "levianas".

Já Dilma usou o seu direito de resposta para lembrar que as denúncias na Petrobras foram "investigadas e descobertas" por um órgão do governo, a Polícia Federal.

"Nós fortalecemos a Polícia Federal, criamos o Portal da Transparência, nomeamos o Ministério Público de acordo com a lista tríplice a nós apresentada, nunca escolhemos engavetador-geral da República. E se hoje se descobre atos de corrupção e ilícitos é porque nós não varremos para debaixo do tapete", disse a presidente.

Alheia à disputa entre os dois principais adversários em um debate que, por conta das regras, não teve sequer um duelo direto entre os três principais candidatos, Marina usou suas considerações finais para atacar a polarização vigente nas últimas cinco eleições presidenciais.

"Eu tenho dito que quem vai ganhar as eleições não são as estruturas dos partidos da polarização PT-PSDB que acabaram de aqui se digladiar. Quem vai ganhar as eleições é uma nova postura, principalmente do cidadão brasileiro... que identifica no nosso projeto a verdadeira mudança."

Dilma, que fez suas considerações finais logo depois da rival, não perdeu a oportunidade de contestar a rival.

"Quem vai ganhar essas eleições, é quem mudou o Brasil", declarou.



Já Aécio usou sua fala final para repetir a avaliação de que o governo Dilma "fracassou" e de que Marina "não consegue superar suas enormes contradições". O tucano comemorou ainda a pesquisa Ibope, que apontou crescimento de suas intenções de voto e que, na visão dele, já mostra "um crescimento muito claro da nossa candidatura".


Reuters Brasil

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