Fundado em 29 de Junho de 1945, pelo Padre Moises, ex-vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, de Pirpirituba, o “Cruzeiro da Paz” com o passar dos anos foi ficando esquecido, porém teve sua revitalização e reforma em 17 de Julho do ano de 2011 e passou a ser mais um ponto do turismo religioso da região do Brejo da Paraíba.
Localizado na conhecida “Pedra do Urubu”, pertencente territorialmente a Fazenda Frei Damião, do Engenheiro Civil Carlos Eduardo Maia Lins, o Cruzeiro passou a receber romeiros e fiéis que costumeiramente iam ao local para fazer orações, participar da celebração da Missa e ainda desfrutar da vista do local.
Imagens do santuário antes do problema
O local recebeu diversas imagens de santos católicos e ganhou ainda mais ares de religiosidade; caravanas de Borborema, Bananeiras, João Pessoa, Recife e Natal costumeiramente eram registradas no local. Santos de devoção popular tiveram suas imagens fixadas por toda parte do local que passou a ser preservado pelo senhor José Lourenço dos Santos, agricultor, conhecido por Zé Lourenço, que afirmava fazer a manutenção do ambiente após avisar ao responsável pela terra. Contudo o um fato chamou a atenção: o proprietário registrou um Boletim da Ocorrência (nº 57/2011) alegando invasão territorial e desmatamento de área preservada, além de construção indevida.
Segundo informações colhidas por nossa equipe, o proprietário do local aguardou uma atitude da Polícia ou Justiça e como esta não aconteceu no tempo que ele julgou demorado, furioso o engenheiro destruiu as imagens e acabou com as peregrinações.
Zé Lourenço disse a nossa equipe que o motivo da destruição seria porque a terra está sendo vendida e que o eventual comprador alegou que só fecharia a negociação se o local religioso fosse abolido. O agricultou disse que se soubesse do interesse de negociar o local, ele mesmo faria uma proposta de compra ou arrendamento.
Imagens do santuário depois do problema
Um abaixo assinado já coletou 500 assinaturas em um dia solicitando a reinstalação do Cruzeiro. As imagens foram todas danificadas e o que sobrou agora se encontra recolhido numa cocheira. Zé Lourenço lembrou que havia imagens que custaram R$ 2 mil reais, algumas delas construídas pelo próprio agricultor.
Nossa reportagem não conseguiu falar com o engenheiro, atual dono da terra onde está o agora antigo “Cruzeiro da Paz”.
Do Pirpirituba é Notícia
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