Carlos Berlamino
Profº MS. Carlos Antonio Belarmino Alves Licenciado em História – Geografia Profº Ms. adjunto IV – UEPB – Campus III Ms. em Educação Universidade Lusófona – Portugal Esp. em Análise Ambiental Esp. em Metodologia do Ensino Superior
O cerrado brasileiro
O Cerrado brasileiro é um bioma considerado como um ecossistema tropical de savana, similar às da África e Austrália.
O Cerrado brasileiro está distribuído pelos estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. A área total do cerrado brasileiro é de mais de 200 milhões de hectares.
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com mais de 10.000 espécies de plantas, com 4.400 endêmicas (exclusivas) dessa área. A fauna apresenta 837 espécies de aves; 67 gêneros de mamíferos, abrangendo 161 espécies e dezenove endêmicas; 150 espécies de anfíbios, das quais 45 endêmicas; espécies de répteis, das quais 45 endêmicas; apenas no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500 espécies de abelhas e vespas.
Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal. O Cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total. Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins – Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade.
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti.
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que se prolonga por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios. Fonte:www.cnpgc.embrapa.br
REFERÊNCIAS
COSTA, C.; LIMA, J. P.; CARDOSO, L. D. & HENRIQUES, V.Q. 1981. Fauna do Cerrado: Lista Preliminar de Aves, Mamíferos e Répteis. IBGE, RJ.
EMBRAPA/CPAC 1987. Relatório Técnico Anual do Centro de Pesquisa Agropecuária do Cerrado, 1982-1985. Brasília-DF.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Todos os direitos reservados, conforme Lei Nº 9.610. Política de Privacidade sac@embrapa.br2005-2007
EMBRAPA CERRADOS, 1998. Cerrado: ambiente e flora. 556p
FELFILI, J.M. & JÚNIOR, M.C.S. Biogeografia do Bioma Cerrado: Estudo Fisionômico da Chapada do Espigão Mestre do São Francisco. UNB, Departamento de Engenharia Florestal. Brasília, 2001, 152p.il.
UNESCO. Vegetação do Distrito Federal: Uma avaliação multitemporal da perda de cobertura vegetal no DF e diversidade florística da Reserva da Biosfera do Cerrado – Fase 1, Brasília, 2000.
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