Para se contrapor às manifestações organizadas pelo grupo Anonymous que prometem ter como principal bandeira a prisão dos réus do mensalão, dirigentes do PT estão convocando a militância do partido para ir às ruas no Sete de Setembro.
Em vídeo publicado na internet, o dirigente nacional petista Valter Pomar chamou de "grupo de torturadores aposentados, vivandeiras, viúvas da ditadura militar, direitistas em geral, cavernícolas em particular" os organizadores dos protestos programados para o feriado da Independência e orientou os petistas a darem uma resposta "muito forte e clara".
"Temos que ir às ruas participar dos desfiles, das comemorações, das atividades desse dia apresentando com clareza nossas bandeiras, nossas propostas e defendendo a democracia, os direitos sociais e a soberania que foram conquistadas por nós, contra eles", disse Pomar.
À Folha ele afirmou que é preciso impedir que "grupelhos de direita" façam ameaças nas redes sociais e afastem os partidos das ruas.
Em junho, após os protestos que levaram à redução de tarifas de transporte em várias cidades, petistas foram chamados a participar das manifestações, e os militantes acabaram agredidos.
Dirigentes do partido dizem que a disputa no próximo sábado não deverá ser travada dentro das manifestações do Anonymous, mas no Grito dos Excluídos, organizado por movimentos sociais e pastorais da Igreja Católica.
O secretário de movimentos populares do PT, Renato Simões, disse que o partido não será "uma coluna" dentro do Grito.
"Nos identificamos com a pauta deles, que é a dos trabalhadores".
Segundo Jefferson Lima, que comanda a juventude petista, militantes da sigla participarão das manifestações de esquerda em todos os Estados -os principais atos devem ser em SP, Rio e Minas.
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