Segundo reportagem em nosso Correio, está para chegar ao Brasil, oriunda do Canadá, uma bebida com propriedade calmante, tendo os jovens como público-alvo; de cor azul, embalagem e sabor lembrando os estimulantes, a fazem ainda mais atrativa.
O produto é composto de substâncias conhecidas como relaxantes: camomila, maracujá, valeriana, melissa, lúpulo e tília, uma espécie de ‘antienergético’. Os paulistas serão os primeiros a prová-la, uma vez que estará em suas prateleiras comerciais em setembro vindouro. No inicio do próximo ano chegará ao Nordeste.
A princípio parece-nos mais ao estilo de um refrigerante tendo como objetivo deixar a ‘moçada’ menos agitada revivendo o lema ‘paz e amor’; sem qualquer alusão à motivação de outrora.
Todavia, ao raciocinarmos com mais praticidade chegaremos à conclusão de que deveria ser imposto o mesmo alerta ao das bebidas alcoólicas. “Beba com moderação!” Dirigir o veículo sedado ou sob efeito de tranqüilizantes corre-se o mesmo risco a quem o faz sob efeito alcoólico.
Além do mais há o agravante de estar imune ao ‘bafômetro’, não havendo outros meios para inibir seu consumo. O usuário do ‘Slow Cow’- assim a batizaram-, pode dormir ao volante e provocar acidentes. Ainda que perfeitamente sóbrio.
Como a novidade estará exposta em supermercados, lojas de conveniências e similares, sem qualquer impedimento de idade, configura-se em mais uma opção ao perigo, embora aparentemente inocente. E aí é que está a iminência.
O mais surpreendente é a tranqüilidade como seus mentores - será que já estão em fase de experiência?- avaliam a concentração dos ingredientes que compõem o novo produto: “Seu efeito dependerá da sensibilidade de cada um”. E como auferi-lo?
A não ser que inventem um ‘sedômetro’, a fim de evitar que o volante se torne travesseiro e provoque acidentes fatais. Aliás, o nome da nova bebida em português significa ‘vaca lenta’; que se cuidem, pois, os vaqueiros que se excederem na ordenha.
Por Osvaldo Jurema
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