As metas para os valores máximos de colesterol LDL, o famoso colesterol "ruim", vão ficar mais rígidas para boa parte dos brasileiros, em especial para as mulheres.
As novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para o controle dos níveis de colesterol e a prevenção das doenças cardiovasculares vão encaixar mais delas no perfil de alto risco para problemas cardíacos.
Hoje, de acordo com as orientações da entidade, as mulheres são classificadas dessa forma quando têm uma probabilidade de mais de 20% de sofrer algum evento cardiovascular, como infarto, derrame e insuficiência cardíaca, nos dez anos seguintes. Agora, uma chance maior do que 10% de problemas vai acender o sinal amarelo no consultório médico.
Essa probabilidade de risco é calculada de acordo com fatores como idade, tabagismo, histórico de doenças cardíacas e histórico familiar, diabetes, entre outros.
"O maior impacto da mudança será entre as mulheres com mais de 45 anos. O risco das mulheres a partir da menopausa está aumentando. Elas estão chegando nesse patamar mais gordas e com um estilo de vida complicado.
Nas capitais, já estão quase empatando com os homens em número de infartos", afirma o cardiologista Hermes Toros Xavier, editor da 5ª Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que serão publicadas em setembro no periódico "Arquivos Brasileiros de Cardiologia".
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
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