quarta-feira, 17 de abril de 2013

" O grito do Bicho", por seu direito de viver


Para alguém que ama os animais, a impressão que a sociedade brasileira moderna nos dá é a de um antro de assassinos e pessoas cruéis que maltratam e envenenam animais sem piedade. 

De fato, nos últimos anos a violência contra os animais têm se intensificado, na mesma medida em que se intensifica a violência entre seres humanos e a sociedade torna-se cada vez mais permissiva e menos chocada. 

Ter um animal maltratado ou morto é algo que provoca uma sensação indescritível de dor, impotência e derrota. Além da dor da perda, a pessoa é obrigada a conviver com a raiva e a desconfiança, e até mesmo, em alguns casos, com certo sentimento de culpa por não haver mantido o animal protegido dentro de casa. 

Passado o impacto da morte, a tristeza e a raiva nos impelem a procurar formas de combater ou pelo menos minimizar o problema. Nesta seção, escrevo com pesar e saudade dos meus gatos de estimações que morreram desta forma estúpida ontem à noite. 

Gostaria muito de saber o que leva um ser humano a cometer certas atrocidades, como se não bastasse com o seu semelhante, ainda mais contra seres incapazes de fazerem mal algum. 

Na cadeia alimentar eles são responsáveis pela eliminação de transmissores de doenças infecto contagiosas, a exemplo da leptospirose causada pelo contato à urina do rato. 

Mais no momento essas definições não veem ao caso, simplesmente quero aqui externar o meu repúdio diante de atitudes tomadas por pessoas que não têm um pouco de senso humanitário, coerência, e  tão pouco respeito por aqueles que abraçam a causa de não deixarem animais indefesos a possuírem um habitat e viverem jogados a sorte.

Simplesmente por puro prazer, ódio ou rancor, abreviam a vida desses seres indefesos que encontram em seu caminho pessoas que cuidam dos mesmos, fornecendo o alimento, o carinho e a dedicação como se fossem seus verdadeiros filhos. 

Ações essas que os tornam mais fieis que certas pessoas, que se dizem nossos amigos, mais que pelo menos não nos apunhalam pelas costas. 

Estou triste sim, pois na noite de ontem (17) aproximadamente foram dizimados brutalmente por envenenamento proposital 05 filhotes de gatos de minha propriedade. O pior disso tudo e não se ter conhecimento da pessoa causadora de um ato dessa natureza. 

Infelizmente em nossa cidade, não existem leis vigorante que punam atrocidades cometidas contra animais domésticos. 

Ficou apenas o vazio de uma convivência diária, pois sempre que saia de casa, tinha que deixa lós presos ou acompanhavam-me a onde fosse, ou ao contrário sempre me aguardavam a minha chegada e iam ao meu encontro. 

Ou seja, um relacionamento entre uma pessoa com animais, que verdadeiramente possuíam afinidades que foram abreviadas por atitudes vindas de pessoas que trazem em seu amago sentimentos de frustrações,  que são mal resolvidas talvez em sua vida e que descarregam suas energias negativas contra seres indefesos e que por fim ficam impunes.

Deveriam os legisladores de nossa cidade criarem uma lei de proteção animal tomando por base a existente na capital do estado, bem como em outras capitais brasileiras.

Lei que estabelece novas políticas públicas para controle populacional de cães e gatos, ficando proibido o extermínio de animais de rua e domésticos. 

Legislação essa que prevê a identificação e o registro dos bichos, além da criação de programas de esterilização, ações preventivas contra o abandono e campanhas de incentivo à guarda responsável. 

"Não penso apenas em soluções imediatas, mas também em mudar a situação dos animais abandonados a longo prazo" que vagam pela nossa cidade.


Vejam as fotos da brutalidade cometida e reflitam....












Da redação Walter Lima / jornalista 


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