A Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba promoveu neste sábado (13), às 9h, no Victory Hotel, em Guarabira, a oficina “Enegrecendo a mídia paraibana – uma discussão sobre as desigualdades etnicorraciais e de gênero.” O evento foi direcionado para comunicadores sociais, e contou com a parceria do Grupo Danda-ê (UEPB), das Associações Paraibana de Imprensa (API) e Guarabirense de Imprensa (AGI).
O objetivo foi debater com as pessoas que desenvolvem atividades nos meios de comunicação (produtores, repórteres, editores, chefes de redação, radialistas, cinegrafistas, estudantes de jornalismo e radialismo) sobre o tratamento dado às notícias que envolvem as pessoas negras, com recorte de gênero e classe social.
“Queremos contribuir para a promoção de uma mídia inclusiva e isenta de discriminações e estereótipos.”, afirmouTerlúcia Silva, coordenadora executiva da Bamidelê. A oficina foi gratuita e os participantes tiveram direito a certificado. Foram oferecidas 25 vagas.
“Virando a pauta do racismo” foi o título da apresentação que foi realizada pela professora doutora da UEPB, Vânia Fonseca, em seguida, a jornalista Mabel Dias fez uma análise sobre o enfoque dado pela imprensa paraibana em relação aos temas como racismo, religiões afro-brasileiras e os direitos das mulheres negras.
“Vivemos em uma sociedade na qual os meios de comunicação de massa têm uma força incontestável na divulgação de informação e na influencia de formação de opinião. Nesse sentido, os meios de comunicação, que têm função comercial, muitas vezes desconhecem as desconstruções sociais que vêm acontecendo, a exemplo do racismo, do sexismo, do desrespeito às religiões afro-brasileiras, da aversão às relações homoeróticas e da descriminalização da pobreza”, explicou a professora de Sociologia da UEPB e diretora executiva da Bamidelê, Vânia Fonseca.
Da redação Walter Lima / Jornalista
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