Palmeiras tomou susto no segundo tempo, mas foi bicampeão da Copa do Brasil
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Uma troca constante de sentimentos. Tal frase resume o público palmeirense presente na noite desta quarta-feira no Expo Barra Funda, local que recebeu a festa Força, Palestra, evento promovido para reunir os torcedores neste dia de decisão da Copa do Brasil. Antes do final feliz e da festa com clima de "redenção" e ritmo de samba, contudo, os cerca de 6 mil torcedores passaram por momentos de angústia, tensão, irritação e raiva, esta última direcionada à Rede Globo.
Depois da apresentação da bateria da escola de samba Mancha Alviverde, os palmeirenses presentes conviveram com o primeiro momento de angústia da noite. Cerca de cinco minutos antes do confronto, a organização do evento mudou os telões para a transmissão da Rede Globo. Entretanto, a emissora permaneceu apenas alguns segundos diante dos palmeirenses.
O início da transmissão da rede de televisão carioca culminou em protestos do público presente no Expo Barra Funda. Integrantes da escola de samba/torcida organizada puxaram um coro contra a Globo, imediatamente apoiado e repetido pelos palmeirenses: "Globo, vai se f..., o meu Palmeiras não precisa de você".
O protesto contra a emissora carioca resultou em um problema para a organização. A exigência de mudança de canal surpreendeu os responsáveis técnicos, que encontraram dificuldades para disponibilizar o sinal da Bandeirantes para o público. A transmissão, dessa forma, começou aos sete segundos de partida. As vaias pela demora se transformaram em festa.
A partir do momento em que os telões passaram a transmitir o confronto decisivo pela Copa do Brasil, o semblante dos torcedores fechou. A tensão tomou conta do público, que comemorava cada desarme e chute para longe da área defendida pelo goleiro Bruno. Os palmeirenses só deixavam o nervosismo com o duelo de lado quando reprovavam algum comentário desferido durante a transmissão da Bandeirantes, que foi a única emissora aberta a transmitir a partida de ida da decisão.
A tensão cresceria ainda mais aos 16min da etapa final. Animada com uma rápida apresentação da bateria da Mancha Alviverde durante o intervalo, a torcida assumiu uma postura incrédula ao ver a falta bem cobrada por Ayrton balançar as redes de Bruno. Mãos na cabeça. Olhares sem um alvo fixo. A festa se tornara um velório.
Contudo, o clima ruim durou apenas quatro minutos. O toque de cabeça de Betinho, após cobrança de falta (comemorada pelo público assim que marcada) de Marcos Assunção, promoveu o grande momento de euforia da noite. Bola na rede. Copos de cerveja para o alto. Torcedores ajoelhados. Pedidos de agradecimentos. A "festa no chiqueiro" assumira proporções épicas.
A partir do empate, a torcida assumiu uma postura ansiosa. Tanto que a festa promovida no palco principal se iniciou antes mesmo do apito final. Perto dos 40min da etapa final, a "festa no chiqueiro" começou. A "balada" alviverde foi consagrada pelo segundo título do clube de Parque Antártica na Copa do Brasil, a primeira taça do time desde o Paulista de 2008.
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